sexta-feira, 29 de julho de 2011

A QUALIDADE ÍMPAR

Durante minha vida profissional, eu topei com algumas figuras cujo sucesso surpreende muita gente. Figuras sem um vistoso currículo acadêmico, sem um grande diferencial técnico, sem muito networking ou marketing pessoal. Figuras como o Raul.
Eu conheço o Raul desde os tempos da faculdade. Na época, nós tínhamos um colega de classe, o Pena, que era um gênio. Na hora de fazer um trabalho em grupo, todos nós queríamos cair no grupo do Pena, porque o Pena fazia tudo sozinho. Ele escolhia o tema, pesquisava os livros, redigia muito bem e ainda desenhava a capa do trabalho - com tinta nanquim. Já o Raul nem dava palpite. Ficava ali num canto, dizendo que seu papel no grupo era um só, apoiar o Pena. Qualquer coisa que o Pena precisasse, o Raul já estava providenciando, antes que o Pena concluísse a frase. Deu no que deu.
O Pena se formou em primeiro lugar na nossa turma. E o resto de nós passou meio na carona do Pena - que, além de nos dar uma colher de chá nos trabalhos, ainda permitia que a gente colasse dele nas provas.
No dia da formatura, o diretor da escola chamou o Pena de 'paradigma do estudante que enobrece esta instituição de ensino'.
E o Raul ali, na terceira fila, só aplaudindo.
Dez anos depois, o Pena era a estrela da área de planejamento de uma multinacional.
Brilhante como sempre, ele fazia admiráveis projeções estratégicas de cinco e dez anos.

E quem era o chefe do Pena? O Raul.
E como é que o Raul tinha conseguido chegar àquela posição? Ninguém na empresa sabia explicar direito.

O Raul vivia repetindo que tinha subordinados melhores do que ele, e ninguém ali parecia discordar de tal afirmação.
Além disso, o Raul continuava a fazer o que fazia na escola, ele apoiava..
Alguém tinha um problema? Era só falar com o Raul que o Raul dava um jeito.

Meu último contato com o Raul foi há um ano. Ele havia sido transferido para Miami, onde fica a sede da empresa.
Quando conversou comigo, o Raul disse que havia ficado surpreso com o convite. Porque, ali na matriz, o mais burrinho já tinha sido astronauta. E eu perguntei ao Raul qual era a função dele. Pergunta inócua, porque eu já sabia a resposta.

O Raul apoiava. Direcionava daqui, facilitava dali, essas coisas que, na teoria, ninguém precisaria mandar um brasileiro até Miami para fazer. Foi quando, num evento em São Paulo, eu conheci o Vice-presidente de recursos humanos da empresa do Raul.
E ele me contou que o Raul tinha uma habilidade de valor inestimável:...


ELE ENTENDIA DE GENTE!


Entendia tanto que não se preocupava em ficar à sombra dos próprios subordinados para fazer com que eles se sentissem melhor, e fossem mais produtivos.
E, para me explicar o Raul, o vice-presidente citou Samuel Butler, que eu não sei ao certo quem foi, mas que tem uma frase ótima:

“Qualquer tolo pode pintar um quadro, mas só um gênio consegue vendê-lo".

Essa era a habilidade aparentemente simples que o Raul tinha, de facilitar as relações entre as pessoas.
Perto do Raul, todo comprador normal se sentia um expert e todo pintor comum, um gênio. Essa era a principal competência dele.

"Há grandes Homens que fazem com que todos se sintam pequenos. Mas, o verdadeiro Grande Homem é aquele que faz com que todos se sintam Grandes".

TEXTO DE Max Gehringer

quinta-feira, 21 de julho de 2011

"VIVER OU JUNTAR DINHEIRO?"

Li em uma revista um artigo no qual jovens executivos davam receitas simples e práticas para qualquer um ficar rico.
Aprendi, por exemplo, que se tivesse simplesmente deixado de tomar um cafezinho por dia, nos últimos quarenta anos, teria economizado 30 mil reais. Se tivesse deixado de comer uma pizza por mês, 12 mil reais. E assim por diante. Impressionado, peguei um papel e comecei a fazer contas. Para minha surpresa, descobri que hoje poderia estar milionário. Bastaria não ter tomado as caipirinhas que tomei, não ter feito muitas viagens que fiz, não ter comprado algumas das roupas caras que comprei. Principalmente, não ter desperdiçado meu dinheiro em itens supérfluos e descartáveis.
Ao concluir os cálculos, percebi que hoje poderia ter quase 500 mil reais na minha conta bancária. É claro que não tenho este dinheiro.

Mas, se tivesse, sabe o que este dinheiro me permitiria fazer?
Viajar, comprar roupas caras, me esbaldar em itens supérfluos e descartáveis, comer todas as pizzas que quisesse e tomar cafezinhos à vontade.
Por isso, me sinto muito feliz em ser pobre. Gastei meu dinheiro por prazer e com prazer. E recomendo aos jovens e brilhantes executivos que façam a mesma coisa que fiz. Caso contrário, chegarão aos 61 anos com uma montanha de dinheiro, mas sem ter vivido a vida.

"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim ele saberá o VALOR das coisas e não o seu PREÇO"



Que tal um cafezinho? 


TEXTO ESCRITO POR MAX GEHRINGER 

quarta-feira, 20 de julho de 2011

DIA DO AMIGO

Hoje, 20 de Julho, é dia do amigo. Uma data pra lá de especial. Aniversário do amigo, do irmão, data que sempre rende homenagens aos amigos, eternos amigos. 
Há um texto que considero belíssimo e verdadeiro nesta data, escrito por Paulo Sant'Ana, leia aqui:

Uma reflexão é fundamental nesta data:

Podemos ser amigos no trabalho e nos negócios?

Ser amigo e ter amigos é fundamental na existência do ser humano. Impossível dizer que não irá acontecer nos negócios e no trabalho. Alguns cuidados são fundamentais.

No trabalho
Fazer amizades é maravilhoso, todavia, segregar pessoas em prol de amizades é que – além de ser um erro estratégico – é um erro crasso no trabalho.
Muitas pessoas vivem em verdadeiros feudos dentro do trabalho. Conversam apenas com seus feudos, querem saber do trabalho apenas do seu feudo e esquecem que a empresa é uma só. A própria empresa, ao perceber tal atitude, nada faz de agregador e contribui para esta triste realidade se perpetuar.
Seminários de integração, reuniões com toda equipe, enfim, promover que todas as pessoas do escritório se conheçam é essencial.
Ao conhecer uma outra pessoa criamos empatia e no mínimo queremos ela bem. Isto fará com que nenhum funcionário queira prejudicar outro (pelo menos no início), dando mais harmonia e satisfação a todos.
Ter amigos, cultivar boas relações é salutar e pode ser uma excelente fonte de negócios.

Nos negócios
Se você é bem sucedido nos negócios certamente você tem bons amigos e boas relações/contatos. No universo corporativo atual, negócios são feitos conforme as relações que temos ou que podemos atingir.
A ideia do tipo orkut: Quem você conhece? Do facebook de integrar todos em grupos de amigos e do próprio Google + com seus círculos de relacionamentos são um resumo daquilo que na vida real presenciamos: Vivemos em prol de nossos amigos, conhecidos, colegas, parceiros de negócios.
Você pode achar isto um problema, mas não precisa ser. Nem todo parceiro de negócio é amigo, mas todo amigo pode / poderia / deveria ser um parceiro de negócios.

Porque?
Porque temos confiança, respeito, amizade, porque não dividir negócios, dinheiro e crescimento profissional?
Não precisamos acabar com a amizade para fazer negócios juntos. Mas, precisamos ter mais cautela quando somos amigos, pois na hora do erro, do vacilo, temos que cobrar como se fosse um parceiro de negócios e não deixar passar porque é nosso amigo.
Podemos ter amigos no trabalho e nos negócios?
Óbvio! Precisamos é de cautela e visão para que amigos sejam amigos e negócios sejam negócios!


Texto extraído do site administradores.com.br